terça-feira, 25 de maio de 2010

Quando perde o encanto...

Pode até ser simples ou não. O caso é que num dia tu para, pensa e acaba se perguntando: Como é que eu pude? Parecia o grande amor da minha vida!
Mas num momento (e bom momento) de sobriedade percebi na verdade que ele é um grande clichê.
A ficha demora a cair! Ser cega na paixão: mulher tem dessas coisas. Só que aí, a auto-estima do rapaz já alcançou níveis estratosféricos pois minha amiga acredite puxamos demais o saco deles e não há maneira de voltar atrás...
Mas para quem não sabe, Tais parou de reclamar com os amigos(não é bem assim) e agora está escrevendo suas reclamações frenéticamente. Quem sabe isso um dia não vire um livro e ela possa enfim enriquecer e sair da masmorra que é a universidade para ficar em casa tomando conhaque, fumando um charuto e escrevendo suas idéias sensacionais!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

trecho de um trabalho de psicologia...

Na tentativa de refazer a entrevista da disciplina de Psicologia da Saúde, juntamente com os colegas Paulo Victor e Júlia, visitamos o Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), referência em saúde na região centro sul do Estado do Rio Grande do Sul. A minha expectativa era muito grande, havia uma mistura de euforia e responsabilidade, pois era a primeira vez que estava lá. Porém como tudo que faço na minha vida, fui surpreendida e lamento em dizer que a surpresa não foi boa.
Chegando ao HUSM, fomos na maternidade ( área que me interesso muito, pois de certa forma é ali que começa a vida ), e foi diante de toda a agitação dos funcionários, médicos e pacientes, que encontramos uma enfermeira, que lamentavelmente foi indiferente ao nosso objetivo. Mesmo não entendendo a sua pouca vontade, nós agradecemos pela “atenção” e continuamos atrás de uma futura colega que estivesse verdadeiramente disposta a compartilhar suas enriquecedoras experiências.
Corajosamente seguimos pelo hospital sentindo e assistindo suas diferentes nuances. E foi então que encontramos com uma moça muito simpática que nos encaminhou ao Pronto Atendimento e disse que ali haveria várias enfermeiras que poderiam nos ajudar.
E ali naquele ambiente de várias enfermidades que conheci uma, até então desconhecida, faceta da enfermagem. Uma faceta diferente da que eu como estudante de enfermagem sonhava e idealizava. Foi então que acabei percebendo que aqueles que curam também possuíam enfermidades tão ou mais graves do que aqueles que estavam dividindo aquele espaço tão triste, tão parco .
Novamente nos apresentamos para a enfermeira e ela como quem queria nos ver rapidamente longe pediu para olhar as perguntas. Passou os olhos rapidamente pela folha e sem saber que algumas das perguntas foram formuladas por mim e pela professora, riu em tom irônico e disse: “Essa bobagem só pode ser de algum psicólogo mesmo” e grosseiramente se recusou a falar algo sobre o assunto.
Talvez por estar demasiadamente derribada do serviço, ou então por estar despreparada para responder tais perguntas houve essa reação.
Porém não me vem palavra melhor pra descrever essa situação do que agridoce. Agridoce por saber que dentro da própria universidade, em um hospital público existem profissionais que não tem capacidade de influenciar, mudar e ajudar o contexto que estão inseridos. E agridoce porque tudo isso me faz desejar ser uma profissional melhor e que vá além do diploma.
Não deixo de levar em consideração a sobrecarga dos profissionais da área, mas não consigo deixar de manifestar a minha indignação e perplexidade diante desses fatos.